quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Drogas Ilícitas

As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo.
São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras.
Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades.
Dentre as conseqüências que as drogas ilícitas trazem pode-se dar ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produção até o consumidor final.
As demais conseqüências são: arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão.
Cerca de 208 milhões de pessoas -- 4,9% da população mundial-- usaram drogas ao menos uma vez nos últimos 12 meses e 26 milhões -- 0,6% da população-- são dependentes de drogas.
As informações constam no Relatório Mundial sobre Drogas de 2008, lançado nesta quinta-feira no Instituto Internacional da Paz em Nova York, pelo diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Antonio Maria Costa.
O abuso e dependência das drogas é um problema de saúde pública que afeta muitas pessoas e tem uma grande variedade de conseqüências sociais e na saúde dos indivíduos.
A dependência começa com o abuso das drogas quando uma pessoa faz uma escolha consciente de usar drogas, mas a dependência não é apenas "o uso de grande quantidade de drogas".
Pesquisas científicas recentes têm demonstrado que as drogas não somente interferem com o funcionamento cerebral normal, criando sensações de prazer, mas também tem efeitos a longo-prazo no metabolismo e atividade cerebral, e num determinado momento, as mudanças que ocorrem no cérebro podem transformar o abuso em dependência. As pessoas viciadas em drogas têm um desejo compulsório e não conseguem deixar as drogas por vontade própria.
Estudos recentes demonstraram que a dependência é claramente tratável. O tratamento pode ter um profundo efeito não apenas nos usuários de drogas, mas também na sociedade como uma diminuição da criminalidade e violência, redução da contaminação da AIDS, acidentes automobilísticos e outros fatores associados às drogas. O entendimento do abuso das drogas e seus efeitos prejudiciais na saúde pode ajudar a prevenir o seu uso.
Abstinência é a falta /ausência /diminuição /parada. Sendo aguda e aparece em horas /dias. Sendo demorada / tardia e aparece após meses /anos. Obs. - o álcool /cocaína são hidrossolúvel (eliminada em horas e vestígios de 1 a 2 dias) e a maconha é lipossolúvel (a droga se deposita na gordura e demora de 10 a l5 dias a ser eliminada e por esse motivo a síndrome é muito severa e prolongada).
Dependência da droga na forma psicológica e na forma física é a síndrome de abstinência, que é um termo / frase de fácil entendimento popular
Dependência psicológica é vista como obsessão, ocorre na mudança da emoção, os sinais/sintomas são:
-Emocional ansiedade, alteração do humor (mudança brusca comportamento), agressividade, angústia, irritabilidade, tensão, desorientação no tempo e no espaço, paranóia (medo, perseguição, pânico), depressão primária, convulsões.
-Memória confusão mental, concentração, raciocínio, lapsos de memória, crise de identidade.
-Sono alterado, sonhos aumentados, pesadelo (geralmente com a drogradição).
Dependência física é vista como compulsão, ocorre a mudança física, os sinais /sintomas são:
-sudorese, cefaléia, dores musculares, câimbras, tremores, fadiga
oscilação pressão arterial, taquicardia, febre, náuseas e vômitos, diarréia ou intestino preso, falta de apetite, alucinações /delírios.
Cocaína
A cocaína é uma droga com grande potencial de causar dependência. Uma pessoa que experimenta a cocaína não pode prever ou controlar a extensão de seu uso.
Existem grandes riscos no uso da cocaína independente do modo de como ela é usada, por inalação, injeção ou fumo. Parece que o uso compulsivo da cocaína pode se desenvolver ainda mais rapidamente se a substância for fumada (na forma de crack).
Os efeitos físicos do uso da cocaína incluem uma constrição nos vasos periféricos, dilatação das pupilas, e aumento da temperatura, freqüência cardíaca e pressão arterial. A duração dos efeitos eufóricos imediatos da cocaína, que incluem hiperestimulação, redução do cansaço e clareza mental, depende da via de administração. Quanto maior a absorção, maior a intensidade dos efeitos. Por outro lado, quanto maior a absorção, menor o tempo de duração.
Existe o risco de morte súbita mesmo no primeiro uso da cocaína ou de forma inesperada após o seu uso. Entretanto, não há como determinar quem tem propensão para morte súbita. Altas doses de cocaína e /ou uso prolongado pode desencadear paranóia.
O crack pode produzir um comportamento particularmente agressivo em seus usuários. Quando as pessoas dependentes interrompem o uso de cocaína, elas freqüentemente apresentam depressão. O uso prolongado de cocaína por inalação pode resultar em ulceração das mucosas no nariz e pode lesar o septo nasal gravemente. As mortes relacionadas com a cocaína são freqüentemente resultado de parada cardíaca ou convulsões seguida de parada respiratória.
Ecstasy
O MDMA é uma droga sintética e psicoativa com propriedades estimulantes e alucinógenas. Popularmente é também conhecida como ecstasy e droga do amor. Primariamente usada em boates e raves, está sendo cada vez mais usada em vários outros círculos sociais.
O MDMA é usualmente ingerido na forma de pílula, mas alguns usuários fazem uso por inalação, injeção, ou supositório.
Em altas doses pode causar aumento agudo da temperatura corporal (hipertermia maligna), o que pode levar a lesão muscular e insuficiência dos rins e sistema cardiovascular. Foi demonstrado que o MDMA causa lesão cerebral, afetando os neurônios.
Entre os distúrbios psicológicos podemos citar a confusão, depressão, distúrbios do sono, ansiedade grave e paranóia. E os problemas físicos podem incluir a tensão muscular, náuseas, visão borrada, desmaio, calafrio ou sudorese. O uso dessa droga também tem sido associado com um aumento na freqüência cardíaca e pressão arterial, o que é especialmente perigoso para pessoas com doença circulatória ou cardíaca.
Estudos recentes têm ligado o uso do ecstasy a lesões em longo prazo de partes específicas do cérebro, relacionadas com a memória e prazer.
O ecstasy também está relacionado com a degeneração de neurônios que contém um neurotransmissor chamado dopamina, a lesão desses neurônios é a causa de distúrbios motores vistos na doença de Parkinson.
Heroína
Heroína é uma droga que leva a dependência facilmente. É uma droga processada da morfina e apresenta-se usualmente como um pó branco ou marrom.
O abuso da heroína está associado com graves problemas físicos, incluindo overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e doenças infecciosas, incluindo HIV /AIDS e hepatite. Complicações pulmonares, incluindo vários tipos de pneumonia, podem resultar da condição de saúde precária do usuário, assim como do efeito depressor da heroína na respiração.
Além dos próprios efeitos da heroína, a droga pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resulta em obstrução dos vasos sanguíneos dos pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.
Inalantes
Os inalantes são substâncias químicas voláteis que produzem efeitos psicoativos. Uma variedade de produtos usados no ambiente doméstico e no trabalho contém substâncias que podem ser inaladas.
Muitas pessoas não vêem produtos como tintas spray, colas, e fluidos de limpeza como drogas porque nunca tiveram a intenção de usá-los para obter um efeito intoxicante, entretanto crianças e adolescentes tem acesso fácil a esses produtos e estão entre o grupo de maior risco de abuso dessas substâncias extremamente tóxicas.
Dentre as substâncias inalantes encontram-se os solventes (thinner, removedores, fluidos de limpeza, gasolina, cola) e gases (butano, propano, aerossóis, gases anestésicos, etc).
Altas concentrações de inalantes podem também causar morte por sufocação por deslocar o oxigênio dos pulmões.
Deve-se estar atento mesmo para o uso de aerossóis e produtos voláteis para seus fins legítimos (como pintura, limpeza, etc), que deve ser feito em ambientes bem ventilados, para evitar seus efeitos prejudiciais.
O abuso crônico de solventes pode causar danos graves ao cérebro, fígado e rins.
Ao contrário do que alguns pensam, a maconha pode trazer grandes problemas para a vida e saúde do indivíduo. Os efeitos em curto prazo do uso da maconha incluem problemas com memória e aprendizado; percepção distorcida; dificuldade em pensar e resolver problemas; perda da coordenação; e aumento da freqüência cardíaca. Pesquisas têm demonstrado que o uso da maconha em longo prazo causa algumas mudanças no cérebro semelhantes aos vistos no abuso de outras drogas consideradas mais "pesadas".
Depressão, ansiedade, e distúrbios da personalidade também estão associados com o uso da maconha. Devido ao efeito prejudicial na habilidade de aprendizado e memória, quanto mais a pessoa abusa da maconha, mais propensa ela será de ter um declínio de suas atividades intelectuais, de trabalho e sociais.
O vício é uma "doença do cérebro". De acordo com esse modelo, o vício é uma transição química que acontece nos processos cerebrais. E é essa transição que toma a decisão de utilizar uma substância em excesso ou ter um comportamento compulsivo fora do controle do viciado. Para isso, os pesquisadores da área concluíram que o tratamento é um processo longo e de várias frentes, e que leva tempo. Esse tempo ainda é discutível, com alguns dizendo um mês e outros, a vida inteira. A maioria dos pesquisadores modernos, porém, concluiu que o tratamento deve consistir na combinação de métodos que ajudem a alcançar o maior potencial de abstinência durante a vida inteira.
Quando um dependente entra na reabilitação pela dependência de substâncias, a primeira coisa é ajudá-lo no processo de desintoxicação. Algumas reabilitações acabam seu trabalho aqui, ao passo que outras o incluem como parte de um programa mais longo que abrange outros aspectos, detalhados a seguir.
Os programas dos 12 passos são considerados por vários pesquisadores como a forma mais eficaz de tratamento. Os 12 passos até a recuperação, criados originalmente pelos fundadores do AA, Bill W. e Dr. Bob, provaram aumentar as taxas de sobriedade em 30% após dois anos quando comparados com a Terapia Comportamental Cognitiva (depois veremos mais sobre isso).
A terapia comportamental cognitiva é uma espécie de psicoterapia utilizada para uma variedade de distúrbios mentais, como depressão e distúrbio de estresse pós-traumático (em inglês). Os praticantes desse método acreditam que se concentrar nas razões do comportamento dependente pode ajudar a erradicá-lo de suas vidas.
Os remédios são outra frente nos tratamentos modernos contra a dependência. Os medicamentos podem ser utilizados para ajudar a aliviar os sintomas físicos e psicológicos da abstinência. A abstinência de heroína é considerada especialmente dolorosa, o que leva à administração de metadona durante a primeira semana após a interrupção do uso, também podendo ser usada como um tratamento a longo prazo.
Os antidepressivos também costumam ser usados na reabilitação. A depressão pode existir em conjunto com o vício e pode ser usada como parte do tratamento em ambos os casos.
Algumas instituições convencionais de reabilitação incorporam métodos de tratamento não tradicionais em seu programa. As clínicas mais sofisticadas podem incluir programas de sobrevivência na selva, para aumentar a autoconfiança, e atividades como passeios de helicóptero, para despertar espanto.
 

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