quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Filhos drogados

Filhos drogados

O consumo de drogas é universal e milenar, porém nos últimos anos sua crescente demanda entre jovens e adolescentes tem sido motivo de preocupação para pais, governos e sociedade. Um vício responsável pela morte de aproximadamente 20 mil brasileiros por ano. Estudos revelam que os pais levam em média dois anos para perceberem que o filho é um dependente, no entanto, um dos motivos desta imersão é resultado de relações sociais conflituosas dentro do próprio lar.
Um filho tende ao vício se em algum momento os princípios do relacionamento familiar forem quebrados. Na medida em que a sociedade vive os avanços e exigências do mundo moderno, boa parte destes princípios começa a se deteriorar, e sua ocorrência pode ser encontrada em todos os tipos de famílias, em menor ou maior grau.

As circunstâncias deste novo estilo de vida impuseram à mãe contemporânea o acúmulo de funções: “mãe que cuida da casa, dos filhos, que trabalha fora; mãe que estuda. Uma exaustiva jornada que atinge, segundo o Ibope, 51% das mulheres brasileiras. Deste total, um terço vive sem o companheiro e 43% delas são chefes de família. No Brasil são 3 milhões de mães nesta situação.

A dificuldade maior surge relacionada a criação de filhos. Pais distantes mostram-se mais liberais do que pais presentes, consequentemente, impõem menos limites. Embora existam outras variáveis, a falta do regramento diário é a maior porta para o envolvimento dos jovens com o mundo das drogas. Segundo Sussman, em sua obra intitulada “A correlação do ‘abuso de substâncias e a dependência química’”, o índice é elevado em todas as classes sociais, porém destaca-se, principalmente entre famílias de pais separados, uma realidade em constante crescimento. De acordo com o último recenseamento do IBGE realizado em 2005, o número de divórcios atingiu o patamar mais elevado desde 1995, e estima-se aumento expressivo nos próximos anos.

Segundo o pesquisador social Vaillant a ausência de uma relação calorosa e diária com o pai é identificada na grande maioria dos casos de envolvimento com as drogas, no entanto esta relação não se aplica a função materna. "Mães que proporcionaram cuidados inadequados não aumentaram as chances de ter filhos ‘drogados’, se comparado a mães que proveram relações calorosas a prole”. Identifica-se, portanto uma relação direta entre o uso de drogas e a ausência da função parterna.

Você Sabia?
§ O alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo.
§ O álcool é a droga lícita que abre as portas para as ilícitas.
§ Cerca de 20% dos jovens de classe média já experimentaram drogas no Brasil.
§ O crack é cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína.
§ Quem usa maconha tem 56% mais chances de vir a consumir outro tipo de droga.
§ A maconha é dez vezes mais cancerígena que o cigarro.
§ De cada dez jovens que experimentam drogas, um vai se torna dependente.
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A maconha atual é até três vezes mais tóxica que a de 15 anos atrás.§ A maconha tem mais de 400 substâncias químicas que atingem o cérebro dos bebês.
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Dirigir sob o efeito de maconha pode triplicar o risco de se envolver em um acidente fatal de trânsito.

[Fonte: UFRJ e AntiDrogas]

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